quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

AVIÃO LOCKHEED L-188E ELECTRA II (PT-DZK) (VARIG/PIGNATARI) (16) (1971/1975)

Estou indo viajar amanhã, então resolvi fazer um post bem bacana pra cobrir a ausência.
É um post trabalhado com muita pesquisa mas que deu muito prazer de fazer. Pouca gente sabe, mas além dos 15 Electras que operaram no Brasil nas cores da Varig, existiu mais um Lockheed Electra por aqui: O PT-DZK.Ele era um Electra particular, com configuração executiva para 28 pessoas, e seu proprietário era Francisco Pignatari. Este Electra chegou ao Brasil em 26 de Novembro de 1971 e ficou baseado em Congonhas até ser vendido 4 anos depois.Eu fui fazer uma pesquisa sobre este Electra e pasmem, encontrei apenas um registro fotográfico. Por algum motivo não há muitas informações a respeito dele. Quando eu trabalhei com os Electras em Congonhas, os mecânicos mais antigos me contavam histórias sobre este PT-DZK, que era lindo por dentro e que a Varig fazia manutenção “on-call” nele.Sobre o proprietário, achei este texto escrito por Luis Nassif:No universo dos biografáveis brasileiros, dificilmente se encontrará personagem mais instigante que Baby Pignatari. Hoje em dia, pouco se fala nele. Nos anos 50 e 60 era personagem mundial, um playboy que cortejava todas as atrizes de Hollywood, um empreendedor fantástico, uma lenda em vida, um mistério depois de morto.Lá pelos idos de 1960, o romancista Harold Robbins escreveu uma semificção sobre a vida do bilionário norte-americano Howard Hughes. Pois Baby era o nosso Hughes. Era Pignatari e era Matarazzo, filho de uma prima do conde Francisco Matarazzo. Empreendedor nato, tinha fábricas de purpurina, minas de cobre no sul do país e uma fábrica de aviões de aeroclube, os Paulistinhas, ainda hoje bastante conhecidos. Quando Assis Chateaubriand lançou a campanha nacional para a criação de aeroclubes, impulsionou extraordinariamente a produção dos Paulistinhas. Em troca, Baby o presenteou com um Rolls Royce. Nasceu em 1916, morreu em 1977. Pelo tanto que fez, parecia ter vivido muito mais que seus 60 anos. Em fins dos anos 40 construiu uma mansão, onde hoje em dia é o parque Burle Marx, adquirido pela Bunge & Born. Era uma chácara em plena São Paulo, de 138 mil metros quadrados, com os jardins desenhados por Burle Marx, a casa projetada por Oscar Niemeyer.Quando eu era moleque, nos anos 60, Baby já era uma lenda viva. Namorara as mais belas atrizes do cinema norte-americana de Zsa Zsa Gabor e Linda Christian. No mundo, fazia parte do primeiro time dos playboys internacionais, ao lado de Porfírio Rubirosa, Ali Khan, Aristóteles Onassis e Hughes. No Brasil, foi um dos membros mais ilustres do “Clube dos Cafajestes”, que juntava a fina flor dos conquistadores brasileiros nos anos 50, gente como Jorginho Guinle, Mariozinho de Oliveira, Sérgio Porto, Heleno de Freitas. Além da lábia e do dinheiro, era um deus peninsular, um galã à altura de Marcelo Mastroiani e um esportista nato, que chegou a disputar as corridas de Le Mans e Silverstone com uma BMW 2800 CS. Seu avião particular era um Electra, o mesmo avião que operava a ponte Rio-São Paulo.Já que eu estava pesquisando, porque não reconstruir a história do PT-DZK?Então, seguem os registros que consegui.O PT-DZK nasceu na verdade como N129US, pois ao sair da fábrica da Lockheed foi adquirido pela Northwest, isto foi em 15 de Dezembro de 1959.



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